quarta-feira, 24 de junho de 2020


Depois de tudo

De tudo ficaram três coisas

A certeza de que estamos sempre a começar…
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...

Por isso devemos:

Fazer da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro!  (Fernando Pessoa)

O desafio de recomeçar:

18 anos depois da formatura devia ser a hora da estabilidade profissional: no meu caso de Servidora Estadual  isso significaria:

 1. Usar a experiência a meu favor para dar aulas melhores e mais produtivas, acreditava que estava começando a descobrir o que funciona e estava disposta a fazer testes e experiências que dessem certo, mesmo sabendo que não há  uma fórmula mágica de sucesso, que cada turma é única, e cada aluno é um indivíduo complexo, inconstante e imprevisível.

 2. Estabilizar em dois cargos  e ter um salário razoável para custear as despesas sem apertos e uma vida digna.  Até aí o plano não apresenta falhas, ok! 

Se faço um retrospecto ao passado, entretanto... quem disse que recordar faz bem? 

2º concurso: Pregas vocais sinalizam problema na perícia… 

Perda de contrato!

Fonoterapia,

Descanso,

(………………………………………………….…………………………………...........................),

aparentemente recuperada é hora de voltar para a sala de aula! Estou ótima!

7 anos depois:

Novo concurso!

Nova perícia!

Licença!

Otorrino!

Fonoterapia!

Perícia final: nível 3 de comprometimento vocal!

Traduzindo:

Adeus estabilidade financeira!

Licença…

Licença…

Fim de linha?

Não sei…

Não adianta:

Chorar…

Descontar na comida…

Roer as unhas…

(não tenho mais… sobraram as dos pés! Kkkk… não vai rolar…)

Há algumas vantagens em tudo, sempre: tempo sobrando, o que pode ser um problema, já que eu não tinha um projeto, ainda!


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