Depois de tudo
De
tudo ficaram três coisas
A
certeza de que estamos sempre a começar…
A certeza de que é preciso continuar...
A certeza de que podemos ser interrompidos
antes de terminar...
Por
isso devemos:
Fazer
da interrupção um caminho novo...
Da queda, um passo de dança...
Do medo, uma escada...
Do sonho, uma ponte...
Da procura, um encontro! (Fernando
Pessoa)
18 anos depois da formatura devia ser a hora da estabilidade profissional: no meu caso de Servidora Estadual isso significaria:
1. Usar a experiência a meu favor para dar aulas melhores e mais produtivas, acreditava que estava começando a descobrir o que funciona e estava disposta a fazer testes e experiências que dessem certo, mesmo sabendo que não há uma fórmula mágica de sucesso, que cada turma é única, e cada aluno é um indivíduo complexo, inconstante e imprevisível.
2. Estabilizar em dois cargos e ter um salário razoável para custear as despesas sem apertos e uma vida digna. Até aí o plano não apresenta falhas, ok!
Se faço um retrospecto ao passado, entretanto... quem disse que recordar faz bem?
2º concurso: Pregas vocais sinalizam problema na perícia…
Perda de contrato!
Fonoterapia,
Descanso,
(………………………………………………….…………………………………...........................),
aparentemente recuperada é hora de voltar para a sala de aula! Estou ótima!
7 anos depois:
Novo concurso!
Nova perícia!
Licença!
Otorrino!
Fonoterapia!
Perícia final: nível 3 de comprometimento vocal!
Traduzindo:
Adeus estabilidade financeira!
Licença…
Licença…
Fim de linha?
Não sei…
Não adianta:
Chorar…
Descontar na comida…
Roer as unhas…
(não tenho mais… sobraram as dos pés! Kkkk… não vai rolar…)
Há algumas vantagens em tudo, sempre: tempo sobrando, o que
pode ser um problema, já que eu não tinha um projeto, ainda!